Quem tem mais que um filho, desde cedo percebe que não existem regras para que uma criança adormeça mais facilmente que outra. Cada criança tem o seu ritmo e necessidades. A capacidade de adormecer sozinho varia de criança para criança. Algumas fazem-no desde cedo, outras precisam da companhia dos pais até conseguirem adormecer sem a sua presença.
É normal que a criança em idades mais jovens precise de sentir a presença física de um adulto para se sentir segura e, assim, conseguir adormecer calmamente. Todavia, algumas crianças precisam de mais tempo e de ajuda para aprenderem a adormecer e dormir sozinhas durante toda a noite.
Acima de tudo deve ter em mente que aprender a adormecer sozinho é um processo demorado e exigente.
Requer treino, aprendizagem, paciência, firmeza e consistência. Lembre-se que não está sozinho. Muito pais passam pelo mesmo que você.
-Mãe, posso dormir contigo? -Prometo que é só hoje.
Quando uma criança vai dormir com os pais pela primeira vez, estes justificam tal situação como: "foi só hoje, estava doente e tinha receio que piorasse durante a noite; teve um pesadelo e ficou muito assustado; entre outros.” Posteriormente é mais uma e outra noite. Até que se questionam há quanto tempo é que isto acontece e percebem-se que a exceção é a criança dormir na sua cama. Antes que seja demasiado tarde, sugerimos algumas coisas que poderá implementar em casa.
Há que evitar tornar a ida para a cama dos pais num hábito.
As causas mais comuns que levam uma criança a dormir fora da sua cama são o medo do escuro e a ausência de um adulto. O pensamento mágico das crianças, que ocorre entre os 2 e os 7 anos, consiste em visualizar ou acreditar em algo ou alguém que, na verdade, não existe. Por isso muitas crianças associam ao escuro os monstros ou outras figuras que as assustam durante a noite, correndo para o quarto dos pais. Se se tornar numa uma rotina, mais difícil será inverter este comportamento.
Perante a situação, os pais sentem-se obrigados a deitarem-se com a criança para a acalmarem e a adormecerem. Com o passar do tempo torna-se num desgaste para os pais e para a criança, pois ambos vão passar a dormir menos do que precisam ficando mais cansados aos longo do dia. No caso das crianças poderá originar mais birras, e possivelmente, origem a problemas mais sérios.
A prevenção é a melhor ajuda possível
Como se costuma dizer em linguagem popular: Mais vale prevenir do que remediar. E neste caso, este ditado assenta que nem uma luva.
Há que criar rotinas desde cedo para criar habituação:
o bebé, deve ser deitado na sua caminha ainda antes de adormecer para se habituar a fazê-lo no seu próprio espaço;
as alimentações noturnas devem ser rápidas, tranquilas para que o bebé não desperte.
acalmar nas últimas horas antes de ir para a cama.
Se o seu filho está habituado a muitas brincadeiras que exigem grande atividade física ou a ver televisão após o jantar, não pode exigir que ele se acalme e esteja preparado para dormir quando decide que está na hora de ele ir para a cama. Para o seu filho, ele pode ficar desperto até já não ter mais energia independentemente da hora a que deve ir para cama. Consequentemente, as últimas horas antes de ir para cama devem ser calmas.
Se apesar de todos estes esforços, a criança continua a querer dormir consigo sugerimos algumas regras.
1 – Preparar a dormida da criança
Pode prevenir interrupções do sono durante a noite se a criança for deitar com a digestão feita e a ingestão de líquido for moderada para evitar idas à casa de banho.
2 – Prepara-se a si mesmo para lidar com birras.
Se a criança sair do quarto, diga-lhe que tem que voltar para lá. Caso a criança volte para sua cama, leve-a de volta para o seu quarto e relembre-a das regras. Acima de tudo seja consistente porque ao abrir exceções está a pôr em risco todo o seu trabalho.
3 – Objetos tranquilizadores.
Um ursinho, uma foto dos pais, deixar uma luz de presença, podem ajudar as crianças a lidar com seus medos se ficarem sozinhas no quarto.
4 – Evitar ceder a cama.
Se criança acorda e vai à cama dos pais e estes o permitirem, transmite-se a mensagem de que é possível dormir fora da sua cama.
5 – A criança deve ser encorajada a ser autónoma.
Deve-se potenciar na criança o sentimento de autonomia permitindo que estas realizem atividades próprias para a sua idade como o vestir, comer, arrumar seu quarto, etc.
6– Ajudar a enfrentar os medos no momento de ir para cama.
Criar uma história com um final feliz. A criança poderá ser a personagem principal que vence os “maus”, o que lhe dará mais confiança para estar sozinha.
7 – Já são horas de dormir e a criança não tem sono.
Algumas crianças resistem à necessidade de ir para cama à hora estabelecida pelos pais, mas a regra deve ser mantida. Os pais devem ser consistentes, nem para isso prolonguem por alguns minutos uma história, mas com a criança na cama.
8 – Crie um ambiente adequado ao sono.
Torne o quarto num espaço ideal para dormir. Evite que o quarto tenha televisão, e que ele objetos eletrónicos que distraiam e perturbem o sono. A criança deve ir para a cama ainda acordada para que aprenda a adormecer sozinha. No caso desta ter medo do escuro poderá usar uma luz de presença.
https://uptokids.pt/desenvolvimento/a-cama-dos-pais/
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